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14.9.2020 - USDA eleva previsões de safra e exportação de soja do Brasil em 2020/21 (Reuters)

Às vésperas do início do plantio de soja 2020/21 no Brasil, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou nesta sexta-feira a projeção para a produção brasileira da oleaginosa a 133 milhões de toneladas, 2 milhões a mais na comparação com a estimativa de agosto.

Caso seja confirmada a previsão, o maior produtor e exportador global teria um aumento na safra de mais de 5% ante a temporada anterior, conforme números do governo dos EUA.

O USDA também aumentou a previsão de exportação de soja do Brasil, para 85 milhões de toneladas em 2020/21, 1 milhão acima da projeção apontada no mês passado. Em 2019/20, os embarques brasileiros são projetados em 93,5 milhões de toneladas.

As condições para o início do plantio deverão continuar secas na próxima semana nos principais em produtores, impedindo o início precoce dos trabalhos em Estados como Mato Grosso e Paraná.

No Rio Grande do Sul, as chuvas serão generalizadas, beneficiando o desenvolvimento das lavouras de trigo e o plantio de milho e arroz, uma vez que o Estado normalmente inicia a semeadura de soja mais tarde, segundo informações meteorológicas.

Não há perspectiva de chuvas em todo o restante do Brasil, como Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até mesmo no Paraguai, ao longo da semana que vem, disse o agrometeorologista da Rural Clima Marco Antônio dos Santos em boletim nesta sexta-feira.

Dados da Refinitiv também apontam tempo seco para a maior parte do centro-sul do Brasil ao longo de toda a semana que vem, com exceção do Estado gaúcho e Santa Catarina. O sul do Paraná deve ver algumas precipitações, mas com acumulados semanais mínimos.

Santos, da Rural Clima, destacou que entre o dia 21 e 22 de setembro uma nova frente fria avança pelo interior do Brasil e traz chuvas, ainda de forma irregular e de baixa intensidade sobre boa parte das regiões produtoras de Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Mato Grosso e até Rondônia.

Mas ele ponderou que uma regularização das chuvas, com maiores volumes, só é esperada a partir de 10 de outubro. “Até lá, chuvas apenas na forma de pancadas irregulares.”

Uma demora na regularização das chuvas não chega a ser um problema para a soja, mas pode trazer problemas para o milho segunda safra, plantado após a colheita da oleaginosa, se o atraso for grande, já que reduz a janela de chuvas do cereal.

No caso do milho, o USDA ainda elevou a previsão da safra de milho do Brasil 2020/21 para 110 milhões de toneladas, 3 milhões acima da projeção do mês passado, aumentando também a expectativa de exportações dos brasileiros para 39 milhões de toneladas, versus 38 milhões em agosto.

Na temporada anterior, a produção brasileira de milho somou 102 milhões de toneladas, enquanto as exportações estão estimadas em 34 milhões.

Fonte: Reuters
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