ComexData

 Impressão

01.12.2010 - Aumento das exportações do Paraguai para o Brasil é tema de reunião realizada em Brasília (MDIC)

As importações brasileiras do Paraguai aumentaram apenas 6,5% no período entre janeiro e outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2009, índice considerando preocupante pelo governo paraguaio, segundo o vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do país, embaixador Manuel María Cáceres. No mesmo período, as exportações de produtos brasileiros para o país cresceram 58,5%. O assunto foi discutido com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, durante a 16ª Reunião da Comissão de Monitoramento do Comércio Brasil-Paraguai, realizada hoje (30/11), em Brasília.

Para dar andamento à discussão, os representantes dos dois governos decidiram criar um grupo técnico para identificar produtos e oportunidades para o aumento da importação de produtos paraguaios pelo Brasil e, consequentemente, da corrente de comércio. O grupo será integrado por representantes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Agência Brasileira de Promoção  de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). "Os especialistas vão buscar a diminuição do desequilíbrio comercial, mas sem reduzir as exportações brasileiras", destacou Ivan Ramalho.

Outros temas tratados na reunião, relacionados ao comércio de bens, foram: comercialização de produtos farmacêuticos, exportação de cadeiras plásticas, milho e trigo paraguaios para o Brasil, regras de origem e internacionalização, no Paraguai, do Protocolo de Montevidéu. Paralelamente à reunião principal, foram realizadas ainda as reuniões de cooperação bilateral em cadeias produtivas e de investimentos no Paraguai. Do lado brasileiro, o encontro contou com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), MRE e Apex-Brasil.

Intercâmbio comercial

Até outubro de 2010, as exportações brasileiras para o Paraguai somaram US$ 2,073 bilhões, tendo sido o país o vigésimo destino das exportações totais do Brasil. A pauta de exportação brasileira para o Paraguai foi composta por 87,4% de produtos industrializados e 5,1% de básicos.

Nas importações, o país foi o quadragésimo quinto fornecedor estrangeiro ao Brasil, com as compras brasileiras tendo atingido US$ 475,3 milhões. A pauta de importações brasileiras do Paraguai foi composta por 64,7% de produtos básicos e 35,3% de industrializados.

Serviços

A pedido do governo Paraguai, o tema cooperação em serviços e micro e pequenas empresas foi discutido na reunião da comissão de monitoramento. Os paraguaios têm interesse em definir uma cooperação técnica entre o MDIC e o Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai para o fortalecimento do setor de serviços no país. O tema já havia sido discutido em reuniões anteriores, inicialmente focado nos segmentos de franquias e call centers.

Segundo apresentação feita pela coordenadora-geral de Serviços da Secretaria de Comércio e Serviços (SCS) do MDIC, Jane Pinho, as exportações brasileiras de serviços para o Paraguai chegaram a US$ 1,10 bilhão em 2009, aumento de 4,76% em relação ao ano anterior. Já as importações de serviços paraguaios pelo Brasil foram de US$ 510 milhões ano passado, valor 8,93% inferior ao de 2008.

Levantamento inédito feito pela SCS, a partir de informações do Banco Central e da Classificação Nacional de Atividades Econômicias (CNAE), mostra que o setor de transporte aéreo respondeu por 33,9% do total de serviços exportados pelo Brasil ao Paraguai, em 2009. Em seguida, aparecem: atividade esportivas e de recreação e lazer (29,2%), publicidade e pesquisa de mercado (4,8%) e fabricação de máquinas e equipamentos (3,8%), dentre outros.

Nas importações de serviços do Paraguai para o Brasil, no mesmo ano, eletricidade e gás respondeu por 97,1% do total comprado pelos brasileiros. Nas colocações seguintes, aparecem na lista fabricação de máquinas e equipamentos (0,4%), fabricação de químicos (0,4%) e atividades de serviços financeiros (0,4%).

Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
Juliana Ribeiro

 

Fonte: MDIC - notícia de 30.11.2010


Voltar | Voltar ao topo | Imprimir